Pousa morcego, na estaca deste poeta,
Mergulho-a no sangue que me trazes,
E vou escrevendo frases amaldiçoadas,
Neste velho livro de pragas.
Num dente de dragão,
Vou esculpindo o teu coração,
Com as acidas lágrimas de almas presas num espelho de fogo.
Largo as cinzas de todos que amaram e combateram ao meu lado,
Num vento dançante,
Que percorre os campos queimados pelo medo,
Que corre no esqueleto do mundo.
Amor, sentimento cercado de espinhos envenenados,
Com a saliva da serpente que existe dentro de mim,
Procuro o antídoto em quem verdadeiramente amo.
Escondo me na escuridão do meu palácio encantado em ruínas.
Peço todos os meus desejos,
Neste lago de sangue,
Benzido pelos demónios de velhos tempos.
sábado, 1 de março de 2008
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